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A matemática é uma ferramenta poderosa que pode ser usada de maneiras surpreendentes na literatura. Autores como Georges Perec, Dashiel Hammet, Fiódor Dostoiévski e Tom Stoppard utilizam a matemática em suas obras para criar histórias envolventes que ultrapassam o campo da matemática pura.
Georges Perec, escritor francês e membro do grupo OuLiPo, um grupo de pesquisa literária formado por escritores e matemáticos, recebeu o prêmio Médicis em 1978 por seu livro A Vida Modo de Usar. Nesta obra, Perec descreve minuciosamente um edifício parisiense e seu conteúdo. Uma das originalidades da narrativa é que ela se move de um cômodo para outro conforme o movimento do cavalo no tabuleiro de xadrez: um passo em uma direção, dois na direção ortogonal.
No livro O Homem Magro, escrito pelo norte-americano Dashiel Hammet em 1934, o detetive Nick Charles afirma que pode resolver crimes usando matemática, mas acrescenta que na maioria dos casos isso não é possível. Ele e sua esposa Nora discutem a diferença entre teoria e prática na investigação policial.
De acordo com Fiódor Dostoiévski em Crime e Castigo, a matemática também pode ser usada para seduzir pessoas. Dmitry Razumihin pede para ensinar-lhe cálculo integral para impressionar uma mulher pela qual ambos estão interessados.
A matemática na peça Arcádia
A peça Arcádia, de Tom Stoppard, publicada em 1993, tem como protagonista Thomasina Coverly, uma adolescente precoce que tem conhecimento e ideias sobre matemática e outras ciências muito além da sua idade. Ela questiona por que a geleia misturada no pudim não pode ser desmisturada, levantando questões sobre determinismo e entropia.
Mais adiante, ela revela profundo conhecimento da teoria do caos (ou sistemas dinâmicos). Em suma, a matemática é uma arma de sedução e uma forma de resolver crimes na literatura. Autores como Georges Perec, Dashiel Hammet, Fiódor Dostoiévski e Tom Stoppard têm usado a matemática em suas obras para criar histórias envolventes e fascinantes.
Notícia: | Referências à matemática na literatura são mais frequentes do que se imagina |
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Autores: | Georges Perec, Dashiel Hammet, Fiódor Dostoiévski e Tom Stoppard |
Exemplos: | – Em A Vida Modo de Usar, Perec descreve um edifício parisiense movendo-se como um cavalo no tabuleiro de xadrez – Em O Homem Magro, Nick Charles discute a diferença entre teoria e prática na investigação policial – Em Crime e Castigo, Razumihin seduz uma dama ensinando-lhe cálculo integral – Em Arcádia, Thomasina Coverly questiona sobre determinismo e entropia |