A maior crítica de literatura pornô do Brasil.

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A crítica literária e professora de Letras da Universidade de São Paulo (USP), Eliane Robert Moraes, é uma das maiores especialistas em literatura erótica do Brasil. Há mais de trinta anos ela estuda sobre erotismo e pornografia influenciada pelo escritor francês Marquês de Sade (1740-1814), e é autora de diversos livros sobre o tema.

No seu escritório ensolarado e ventilado, a pesquisadora exibe sua biblioteca particular com cerca de dez mil livros, incluindo uma coleção de obras eróticas. No topo de uma das estantes, destaca-se uma coletânea com diversos volumes que soletram S-A-D-E em sequência. “Descobri Sade nos anos 1980 durante minha graduação em ciências sociais”, relembra Moraes. “Descobri e parei no abismo que é o Sade. Fiquei desconcertada.”

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Após ler tudo sobre o autor disponível em português, ela aprendeu francês para ler as obscenidades filosóficas de Sade no idioma original. Mesmo recentemente tendo sido citada como organizadora de orgias por um jornalista, Moraes se diverte com a qualificação e afirma que é um assunto que causa estranhamento no país.

Nascida em São Paulo em uma família com mistura de Suíça e Bahia, Moraes descobriu Sade durante a graduação em ciências sociais. Apesar de ter deixado o ativismo na juventude, ela nunca deixou de ser feminista. Ela não acredita que o movimento deva ser associado às obras obscenas de Sade. A pornografia que Moraes estuda é a literária. Já o formato mais popular, em audiovisual, não é objeto de estudo da crítica.

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Moraes afirma que discutir o que é pornografia e erotismo é saber lidar com o alto e o baixo. Para ela, o que é comumente tratado como pornografia pode ser uma forma de manifestação do desejo humano. É essencial discutir o tema sem preconceitos e entender a diferença entre literatura erótica e pornografia vulgar.

Notícia
Eliane Robert Moraes, crítica literária e professora de Letras da USP, apresenta sua biblioteca particular com cerca de 10 mil livros, incluindo uma coleção de obras eróticas.
Moraes estudou sobre erotismo e pornografia por mais de três décadas graças à influência do escritor francês Marquês de Sade.
Mesmo tendo sido citada recentemente como organizadora da orgia por um jornalista, Moraes diverte-se com a qualificação e afirma que é um assunto que causa estranhamento no país.
Moraes não acha que o movimento feminista deva ser associado às obras obscenas de Sade. A pornografia que Moraes estuda é a literária.
Moraes afirma que discutir o que é pornografia e erotismo é saber lidar com o alto e o baixo.

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