Literatura Chinesa no Brasil: Uma Ponte Cultural Necessária

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No dia 20 de abril é comemorado o Dia Internacional da Língua Chinesa, que foi designado pela ONU. Em vista disso, a agência Xinhua procurou saber mais sobre a influência da literatura chinesa no Brasil e quais são as perspectivas para esse mercado. Para isso, foram entrevistados tradutores brasileiros e chineses que realizam a tradução direta do chinês para o português, além de editoras como a Estação Liberdade de São Paulo, que já publicou obras chinesas no Brasil. De acordo com os especialistas, ainda há muito trabalho a ser feito neste setor, mas há grandes possibilidades para uma troca literária entre China e Brasil.

Segundo o professor de mandarim e tradutor chinês-português Rud Eric Paixão, a literatura é um reflexo da cultura em que é produzida. Por isso, embora pertençamos a países tão distintos com histórias diferentes, podemos ler obras antigas e atuais de ambos os países e sentir uma identificação porque são experiências humanas essenciais. Além disso, aproximar os brasileiros da literatura chinesa permitirá ir além do superficial na compreensão da China.

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Contudo, outra questão preocupante para alguns especialistas é a falta de tradutores que trabalhem diretamente com o chinês. Isso resulta em uma dependência do mercado literário brasileiro para traduções indiretas feitas a partir do inglês ou francês. Muito se perde nas traduções indiretas comparadas às diretas pois estas já fazem adaptações em vários casos.

Falta de tradutores e curiosidade do público

Angel Bojadsen, diretor da editora Estação Liberdade, afirma que há uma grande curiosidade do público brasileiro pelas obras chinesas. No entanto, há certa confusão no mercado porque vários autores publicados aqui são de origem chinesa mas vivem fora da China há muito tempo. Nesse sentido, é difícil determiná-los como literatura chinesa.

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Sobre a falta de tradutores profissionais para chinês-português, a professora pesquisadora da língua e cultura chinesas do Instituto Confúcio na Unesp, Verena Veludo, enfatizou a importância de formar mais tradutores. O Instituto Confúcio, onde ela é professora há seis anos, tem trabalhado nessa questão.

De acordo com Calebe Guerra, ver a China com uma visão eurocentrista não é algo que o mercado brasileiro deva seguir. Embora possamos usar os livros traduzidos pelos europeus ou o que outras nações já escreveram sobre a China, sempre devemos tentar criar nossa própria ideia sobre o país. Muitas vezes, boa parte do mundo editorial só aceita autores chineses já testados no Ocidente. Porém, o sucesso da tradução de uma obra pode ser instantâneo ou não.

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Em resumo, a literatura é um meio importante para conhecer profundamente e de forma realista a história e cultura desses dois países tão diferentes. Embora ainda haja muito trabalho a ser feito para expandir o mercado literário chinês no Brasil e fomentar as traduções diretas do chinês, existem grandes possibilidades para uma troca literária entre China e Brasil.

O que? Dia Internacional da Língua Chinesa e perspectivas para o mercado literário chinês no Brasil
Quando? 20 de abril
Por quê? Comemoração do Dia Internacional da Língua Chinesa designado pela ONU
Conclusões: Grande curiosidade do público brasileiro pelas obras chinesas, falta de tradutores profissionais para chinês-português, possibilidades para uma troca literária entre China e Brasil

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