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Literatura brasileira ainda é dominada por autores brancos, heterossexuais e de classe média
A filosofia africana Sankofa nos ensina a importância de olhar para o passado e aprender com ele para construir o futuro. No Brasil, a literatura é um campo que precisa urgentemente olhar para o passado e se reinventar para ser mais inclusiva.
Infelizmente, a literatura valorizada social e academicamente no Brasil ainda é dominada por autores brancos, heterossexuais e de classe média, deixando de lado vozes importantes que representam a diversidade do país. É necessário incluir intelectuais negros nas bibliografias escolares e acadêmicas para ampliar a visão dos estudantes e pesquisadores.
Para tentar mudar essa realidade, iniciativas como o 1º Festival Pernambucano de Literatura Negra surgem como uma luz no fim do túnel. O evento, criado por uma autora, produtora cultural e intelectual, teve como objetivo destacar a literatura produzida por pessoas negras. Apesar das dificuldades financeiras, foi um sucesso e mostrou que há demanda por essa literatura.
Mas ainda há muito trabalho a ser feito. É importante que os leitores se comprometam em enriquecer sua lista de autores lendo obras de pessoas negras, mulheres negras e autores das regiões menos privilegiadas do país. A sociedade como um todo precisa se comprometer com essa mudança para que a literatura brasileira seja mais diversa e representativa.
Portanto, pergunte-se: quantos autores e autoras negros você já leu? Quantas pessoas negras de fora do eixo Sul-Sudeste e das grandes editoras você conhece? Essas são perguntas importantes para refletir sobre sua própria leitura e como podemos mudar a literatura por tanto tempo dominada pela perspectiva branca e privilegiada.
| Notícia | Há uma filosofia africana chamada Sankofa, que ensina a importância de voltar atrás e buscar o que foi esquecido. A sabedoria de retornar às raízes e aprender com o passado para moldar o futuro é expressa nesse conceito. |
|---|---|
| Educação | A educação sem livros, sem literatura, sem conhecimentos ancestrais e contemporâneos não existe. É urgente a necessidade de ter intelectuais negros entre as bibliografias escolares e acadêmicas. |
| Festival | O 1º Festival Pernambucano de Literatura Negra foi criado com o objetivo de destacar a literatura produzida por pessoas negras. Apesar da falta de apoios financeiros significativos, foi um evento impactante sobre literatura feita por pessoas negras. |
| Inclusão | Ainda há muitas questões a serem resolvidas quando se trata de inclusão de autores negros nas bibliotecas e bibliografias recomendadas pelas escolas e universidades. É importante que os leitores se comprometam com essa mudança para enegrecer a literatura brasileira. |
| Reflexão | Quantos autores negros você já leu? Quantas autoras negras você já leu? Quantas pessoas negras fora do eixo Sul-Sudeste e das grandes editoras você conhece e já se tornou leitor? Essas são perguntas importantes para refletir sobre sua própria leitura e como podemos mudar a literatura por tanto tempo embranquecida. |
