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A escritora polonesa Olga Tokarczuk lançou seu mais novo livro, “Escrever é Extremamente Arriscado – Ensaios e Conferências”, que aborda a relação do ser humano com a natureza e consigo mesmo em 12 textos, incluindo a conferência que a laureou com o prêmio Nobel de Literatura.
No primeiro texto da obra, Tokarczuk compara duas imagens distintas: a antropocêntrica de Da Vinci e a visão de Flammarion, que enaltece a perplexidade com harmonia e o tamanho do mundo extravisível. Ela defende que tudo é natureza e que as pessoas são apenas parte de uma engrenagem maior e mais complexa que nos abarca.
A autora destaca a insignificância da humanidade perante tudo o que existe para além dela mesma, mas não a considera menos digna do encanto que também dirige para aquilo que nos extrapola. Para Tokarczuk, a relação dos seres humanos com tudo o que não é ele mesmo parece ser um território infinitamente mais rico e interessante do que o discurso antropocêntrico que trata as pessoas como o início e o fim de todas as coisas.
Formada em psicologia, a escritora ressoa uma frase de Sigmund Freud, que afirmou que o eu não seria sequer senhor de sua própria casa. Para Tokarczuk, a literatura é especial porque apenas os seres humanos têm a capacidade de deixar de lado a realidade que lhe foi dada, embora só mental e temporariamente. A cada vez que abrimos um livro, entre o olho e a superfície de papel acontece um milagre. Tudo se transforma em paisagens, aromas e sons.
O livro “Escrever é Extremamente Arriscado – Ensaios e Conferências” é uma reflexão profunda sobre a natureza humana e sua relação com o mundo ao redor. Tokarczuk acredita que a literatura tem um papel fundamental na compreensão dessa relação complexa entre ser humano e natureza. A obra é uma antologia imperdível para quem busca uma visão diferente sobre os temas abordados pela autora polonesa.
| Notícia: | O livro “Escrever é Extremamente Arriscado – Ensaios e Conferências”, da escritora polonesa Olga Tokarczuk, trata de diversos temas que envolvem a relação do ser humano com a natureza e consigo mesmo. |
|---|---|
| Temas abordados: | Relação do ser humano com a natureza e consigo mesmo, literatura como ferramenta de compreensão dessa relação complexa. |
| Destaques: | Comparação entre as imagens antropocêntrica de Da Vinci e a visão de Flammarion, defesa da insignificância da humanidade perante tudo o que existe para além dela mesma, reflexão profunda sobre a natureza humana. |
