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Hoje, 18 de abril, é comemorado no Brasil o Dia Nacional do Livro Infantil, em homenagem a Monteiro Lobato, considerado o pioneiro da literatura infantil no país. Lobato é visto como uma figura fundamental na história da literatura infantil brasileira.
Apesar de Lobato ser considerado o primeiro autor brasileiro a escrever livros para crianças, estudiosos apontam que a preocupação em ter uma produção literária destinada a esse público surgiu antes dele. No século XIX, Carlos Jansen se dedicou a traduzir e adaptar clássicos europeus para o público brasileiro. Em 1894, Figueiredo Pimentel lançou “Os Contos da Carochinha”, uma coletânea com histórias dos irmãos Grimm, Charles Perrault e Hans C. Andersen.
No início do século XX, autores nacionais começaram a dedicar obras ao público infantil com o objetivo de fazer uma literatura voltada para questões nacionais com fins educativos. Olavo Bilac publicou “Poesias Infantis” em 1904.
Monteiro Lobato publicou suas primeiras obras direcionadas ao público infantil somente em 1921, sendo “Narizinho Arrebitado” a primeira delas. Depois vieram “Saci” (1921) e “O Marquês de Rabicó” (1922). A partir da década seguinte, o número de escritores que se voltaram para o universo infantil aumentou muito. Entre milhares de outros autores brasileiros, nomes como Cecília Meirelles, Mário Quintana, Ana Maria Machado, Vinícius de Morais, Ziraldo e Maurício de Sousa se aventuraram no maravilhoso mundo da literatura infantil.
Apesar das mudanças ocorridas na produção e consumo de livros para crianças ao longo dos anos, ainda há poucos leitores no Brasil. De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura divulgada em 2018 pelo Instituto Pró-Livro, os brasileiros leem pouco. Os números indicaram que 44% da população não tem o hábito da leitura e 30% nunca compraram um livro. A média anual é de 4,96 livros lidos por pessoa. Desse total, apenas 2,43 foram terminados enquanto os outros 2,53 foram lidos parcialmente. Em comparação com os franceses que leem 21 livros por ano – cinco vezes mais do que os brasileiros -, fica evidente a disparidade.
Segundo Patrícia Sousa, pedagoga e professora da educação infantil, o hábito dos adultos afeta as crianças. “Se os pais não têm o hábito de ler, fatalmente os filhos não vão despertar para a leitura. As crianças aprendem mais olhando o que fazemos do que escutando o que falamos”, explica. Quando o incentivo à leitura começa nos primeiros anos de vida, antes mesmo da alfabetização, os resultados são ainda melhores. Um estudo realizado pela Universidade de Nova York mostrou um aumento de 14% no vocabulário e de 27% na memória de trabalho das crianças cujos pais liam para elas pelo menos dois livros por semana. A mesma pesquisa apontou que a leitura frequente pelos pais leva a uma maior estimulação fonológica, o que contribui para a alfabetização e à maior estimulação cognitiva.
O Dia Nacional do Livro Infantil e a importância da leitura para as crianças
A comemoração do Dia Nacional do Livro Infantil é uma oportunidade para refletir sobre a importância da literatura infantil na formação dos pequenos leitores e incentivar ainda mais sua produção e consumo. Incentivar o hábito da leitura desde cedo pode trazer diversos benefícios não só para a vida acadêmica, mas também para o desenvolvimento pessoal das crianças.
| Dia Nacional do Livro Infantil |
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| Data comemorativa em homenagem a Monteiro Lobato, considerado o progenitor da literatura infantil no Brasil. |
| Autores nacionais como Cecília Meirelles, Mário Quintana, Ana Maria Machado, Vinícius de Morais, Ziraldo e Maurício de Sousa se aventuraram no universo da literatura infantil. |
| 44% da população brasileira não tem o hábito da leitura e 30% nunca compraram um livro. |
| O incentivo à leitura desde cedo pode trazer diversos benefícios para a vida acadêmica e pessoal das crianças. |
