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O escritor francês Philippe Sollers, que deixará uma grande obra literária para trás, faleceu aos 86 anos na França. Sollers nasceu em Talence, no sudoeste da França, abandonou os estudos para se dedicar inteiramente à literatura e adotou o pseudônimo que originou do latim “sollus” e “ars”. Em 1961, ganhou o prestigioso prêmio Médicis pelo seu segundo romance “Le Parc”. No entanto, foi somente em 1983 que ele alcançou maior notoriedade com o livro “Femmes”, considerado por alguns críticos como pornográfico.
Além da escrita de livros, Sollers destacou-se como promotor de revistas literárias. Em 1960 participou na criação da revista “Tel Quel”, que difundia a vanguarda da literatura da época. Na publicação escreveram autores como Nathalie Sarraute ou Alain Robbe-Grillet e grandes nomes das ciências sociais como Roland Barthes, Michel Foucault ou Jacques Derrida. Nos anos setenta sob a liderança de Sollers a revista entusiasmou-se pelo maoísmo chinês, o que lhe valeu algumas críticas. Depois da morte de Mao, em 1976, ele mudou sua posição política e criticou o maoísmo e o marxismo em um artigo de opinião no jornal “Le Monde” em 1982.
Considerado fútil, mundano e orgulhoso por seus detratores, ele era ainda assim considerado um dos grandes nomes da literatura francesa contemporânea. Rima Abdul Malak, Ministra francesa da Cultura, saudou Sollers como uma personalidade ímpar que elevou a provocação ao grau de arte. O escritor francês Marek Halter lamentou a perda de um amigo, um cúmplice e um irmão que lhe fez gostar da literatura quando ainda era pintor.
Philippe Sollers e sua contribuição para a literatura
Com mais de 80 romances e ensaios, Sollers deixará um legado na literatura francesa. Seu livro “Femmes” foi considerado polêmico por alguns críticos, mas isso não impediu que ele se tornasse um dos grandes nomes da literatura contemporânea. Apesar das críticas negativas sobre sua personalidade, Sollers era reconhecido por elevar a provocação ao grau de arte. Diversas homenagens foram feitas após sua morte, destacando seu papel como uma personalidade ímpar.
Em 1982, o autor mudou sua posição política e fundou uma nova revista chamada “L’Infini”, após criticar o maoísmo chinês. Esse posicionamento pode ter gerado algumas críticas, mas Sollers não deixou de ser uma figura importante da literatura francesa. Ele também foi conhecido por sua liderança na revista “Tel Quel”, que difundia a vanguarda literária da época.
| Quem? | O escritor francês Philippe Sollers |
|---|---|
| O que? | Faleceu aos 86 anos na França |
| Destaque | Autor de mais de 80 romances e ensaios, líder da revista “Tel Quel”, fundador da revista “L’Infini”, crítico do maoísmo chinês e considerado um dos grandes nomes da literatura francesa contemporânea. |
| Homenagens | Diversas homenagens foram feitas após sua morte, destacando seu papel como uma personalidade ímpar que elevou a provocação ao grau de arte. |
Com informações do site RFI Português.
