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O desenhista e escritor Renato Cafuzo, em entrevista ao Podcast Papo Preto, destacou a importância da representatividade e identificação de crianças negras e periféricas na literatura infantil. Seu livro “Menino Piranha” será adicionado ao acervo de 20 bibliotecas comunitárias da Baixada Fluminense e mais de 50 escolas no Complexo da Maré.
O autor explica que o título do livro é uma brincadeira com um elemento cultural proveniente da favela e nomeia uma personagem com quem trabalhou por uma década – um peixe ligeiramente irritado com mãos e pernas. No entanto, teve que explicar aos pais o significado do título, pois a palavra “piranha” os deixou um pouco assustados. Cafuzo afirmou que o nome do livro é destinado a fazer os adultos refletirem sobre a relação que criamos com as palavras e como as tornamos acessíveis para as crianças.
As crianças retratadas no livro são negras e vivem na favela, já que Cafuzo considera essencial compartilhar histórias como a dele e de sua filha, pois há muitas histórias de crianças brancas disponíveis. No entanto, o autor lamenta que a Lei nº 10.639 não seja respeitada nos 20 anos após a promulgação. A lei tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas.
Apesar disso, existem dois problemas na aplicação dessa lei: a falta de garantia de segurança ao colocar um livro como leitura obrigatória e alegações de falta de opções e ofertas para trabalhar essa prerrogativa na escola. Isso é extremamente delicado porque muitos projetos precisam ser incentivados.
Literatura infantojuvenil inclusiva e diversa
A literatura infantojuvenil deve ser inclusiva e diversa para que as crianças possam se identificar com as histórias e personagens apresentados. É imprescindível que as crianças negras e periféricas tenham acesso a livros que retratem suas realidades e vivências. O livro “Menino Piranha” de Renato Cafuzo é uma dessas obras que trazem representatividade para as crianças.
Ainda há muito a ser feito para que a Lei nº 10.639 seja respeitada e implementada nas escolas brasileiras. É necessário que sejam criados projetos que incentivem a leitura e a discussão sobre a história e cultura afro-brasileira, garantindo a segurança dos alunos e a oferta de opções de leitura.
O Podcast Papo Preto, produzido por Alma Preta em parceria com UOL Plural, é uma importante fonte de informação sobre temas sociais que podem ser acessados em diversas plataformas online. Ouça e se informe sobre as questões que afetam a nossa sociedade.
Notícia | No Diálogo Preto desta semana, o desenhador e recém-escritor da obra ‘Menino Piranha’, Renato Cafuzo, destaca a importância da representação e identificação de crianças negras e periféricas na literatura infantil. |
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Livro | “Menino Piranha” será adicionado ao acervo de 20 bibliotecas comunitárias da Baixada Fluminense e mais de 50 escolas no Complexo da Maré. O livro retrata crianças negras e periféricas e é uma iniciativa do autor para compartilhar histórias como a dele e de sua filha. |
Lei nº 10.639 | O autor lamenta que a Lei nº 10.639 não seja respeitada completamente nas escolas brasileiras e que muitos projetos precisam ser incentivados para tornar isso uma realidade. A lei tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas. |
Podcast Papo Preto | O podcast Papo Preto é produzido por Alma Preta, uma agência de jornalismo com foco em temas sociais, em parceria com UOL Plural. Novos episódios são lançados todas as quartas-feiras e podem ser acessados em diversas plataformas online. |