Chico Buarque receberá Prêmio Camões após recusa de Bolsonaro

Já imaginou ler quantos livros quiser pagando quase nada? Confira o Kindle Unlimited com Mais de um milhão de eBooks para você ler onde e quando quiser, clicando aqui.

O escritor, compositor e cantor brasileiro Chico Buarque será agraciado com o prêmio Camões, a mais importante premiação da literatura em língua portuguesa, após quatro anos de espera. A cerimônia de entrega ocorrerá nesta segunda-feira em Sintra, Portugal. O atraso na entrega do prêmio ocorreu devido à recusa do ex-presidente Jair Bolsonaro em assinar a documentação necessária para a entrega do diploma.

O prêmio Camões é concedido desde 1988 a autores de língua portuguesa que contribuem para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural. Ele é destinado a autores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e homenageia o poeta português Luís de Camões.

O júri é composto por seis membros, dois do Brasil, dois de Portugal e dois escolhidos em comum acordo pelos demais países lusófonos (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste). O vencedor recebe 100 mil euros (equivalente a R$ 555 mil), sendo metade subsidiada pela Fundação Biblioteca Nacional, ligada ao Ministério da Cultura, e a outra metade paga pelo governo português.

Leia também:  Festival Mundial de Vozes PEN America: literatura global em destaque

O diploma entregue aos laureados contém o nome de todos os países lusófonos e é assinado pelos chefes de Estado de Portugal e do Brasil. Desde 1989, quando Miguel Torga recebeu o primeiro prêmio, outros 33 escritores foram agraciados, sendo 14 do Brasil, 14 de Portugal, três de Moçambique, dois de Angola e dois de Cabo Verde (sendo que um dos vencedores recusou o prêmio).

Chico Buarque estreou como escritor em 1974 com a novela Fazenda Modelo. Seu primeiro romance foi Estorvo (1991), seguido por Benjamin (1995), Budapeste (2003), Leite Derramado (2009) e Irmão Alemão (2014). Ele também é autor das peças teatrais Roda Viva (1968), Calabar (1972), Gota D’Água (1974) e Ópera do Malandro (1978).

Leia também:  Alepa e Ioepa fortalecem literatura paraense com emendas compartilhadas.

Raduan Nassar (2016), Ferreira Goulart (2010), Lygia Fagundes Telles (2005) e Jorge Amado (1994) são alguns dos brasileiros que já receberam o prêmio Camões. Devido à recusa de Jair Bolsonaro em conceder o prêmio para Chico Buarque, outros três escritores – Vitor Manuel de Aguiar e Silva (2020), Paulina Chiziane (2021) e Silviano Santiago (2022) – ainda não puderam recebê-lo. Paulina Chiziane, primeira mulher a publicar um romance em Moçambique, é também a primeira africana e negra a ser premiada pelo prêmio Camões.

Notícia O prêmio Camões será concedido a Chico Buarque em Sintra, Portugal.
Recusa de Bolsonaro Bolsonaro recusou-se a assinar a documentação necessária para que Chico Buarque recebesse o diploma, atrasando a premiação em quatro anos.
Outros vencedores Devido à pandemia de covid-19, os outros três vencedores do prêmio ainda não puderam recebê-lo.
Objetivo do prêmio O prêmio Camões homenageia autores de língua portuguesa que contribuíram para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural da língua.
Composição do júri O júri é composto por seis membros: dois do Brasil, dois de Portugal e dois escolhidos em comum acordo pelos outros países lusófonos.
Valor do prêmio O ganhador recebe 100 mil euros, sendo metade desse valor subsidiado pela Fundação Biblioteca Nacional e a outra metade paga pelo governo português.
Laureados Desde 1989, outros 33 escritores foram agraciados, sendo 14 do Brasil, 14 de Portugal, três de Moçambique, dois de Angola e dois de Cabo Verde.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *