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O livro “Torto Arado”, escrito por Itamar Vieira Jr., tem sido um sucesso de vendas ao contar a história de duas irmãs, Bibiana e Belonísia, que vivem em uma fazenda no interior da Bahia em regime de servidão junto com sua família. A trama se passa entre as décadas de 1960 a 1980 e tem como personagens principais Zeca Chapéu Grande e Severo, enquanto Tobias e Salomão são os anti-heróis.
Um dos destaques da história é a vida rural periférica dos personagens principais, que vivem em uma situação de exclusão social. O livro se destaca das produções de regiões menos privilegiadas pela linguagem desprendida do cotidiano e pelo olhar feminino. É importante ressaltar que a literatura periférica está historicamente conectada à literatura negra.
Para ser considerado literatura periférica, o autor deve ter laços invioláveis com a periferia para escrever sobre ela e emitir um anúncio por meio da sua obra, seja de exaltação ou denúncia. A história deve se passar no contexto periférico, com personagens protagonistas desses territórios, valorizando a linguagem e narrativas sem estereótipos.
Em recente entrevista, Ana Maria Gonçalves falou sobre sua obra “Um defeito de cor” e disse não se identificar com a classificação de “literatura negra”, por receio de que essa rotulação rebaixe sua obra perante a literatura consagrada.
As classificações na literatura e nas artes de maneira geral são úteis para fins acadêmicos ou pedagógicos, mas essas delimitações são feitas por pessoas externas à obra. O que realmente importa é a mensagem que o autor deseja transmitir, independentemente da classificação atribuída.
Em “Torto Arado”, Itamar Vieira Jr. aborda a vida rural periférica com uma linguagem singular e sem estereótipos. A história das duas irmãs protagonistas é um anúncio denunciando a exclusão social vivenciada pelos personagens principais. A obra tem recebido boas críticas e se mostrado um sucesso de vendas, demonstrando que histórias sobre a periferia têm lugar na literatura universal.
| Notícia | O livro “Torto Arado”, de Itamar Vieira Jr., é um best-seller com uma história que se passa em uma fazenda no interior da Bahia, entre as décadas de 1960 a 1980. A trama tem como protagonistas duas irmãs, Bibiana e Belonísia, que vivem em regime de servidão junto com sua família. Os heróis da história são Zeca Chapéu Grande e Severo, enquanto Tobias e Salomão são anti-heróis. |
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| Enredo | A história se passa na vida rural periférica dos personagens principais, que vivem em uma situação de exclusão social. A obra se diferencia das produções de regiões menos privilegiadas pela sintaxe desprendida do cotidiano e pelo olhar feminino. É importante ressaltar que a literatura periférica está historicamente conectada à literatura negra. |
| Classificação | A classificação na literatura e nas artes de maneira geral tem interesse acadêmico ou pedagógico, mas essas delimitações são feitas por agentes externos à obra. O importante é a mensagem que o autor transmite, independentemente da classificação atribuída. |
